domingo, 24 de novembro de 2013

Compro, logo existo! Americanizando Sorocaba: a cidade e seus shoppings



Sorocaba está passando por um verdadeiro boom em termos de acesso as compras.
Em pouco espaço de tempo três grandes shoppings foram inaugurados e pelo menos mais dois estão por vir.
É difícil pensar que há pouco menos de duas décadas a cidade era mais uma do interior caracterizada pelos costumes e acessos simples e que tudo um pouco mais diversificado e recém-lançado tinha que ser comprado na capital.
O acesso faz parte do desenvolvimento e é muito bem-vindo.
O que eu realmente não gosto é do efeito cascata do chamado desenvolvimento. 

As pessoas se sentem na obrigação de serem e terem os que as outras tem. É fácil ver isso quando você vê filas enormes nas novas lojas dos novos shoppings. Sendo otimista, espero que seja por conta da novidade e da experimentação, mas temo que não.
As pessoas comem nos mesmos lugares, compram nas mesmas lojas, usam os mesmos acessórios e finalmente perdem a identidade. O que acontecerá com os restaurantes locais, as boutiques de bairro, as lojas tradicionais com a avalanche de fast foods e franquias que estão dominando nossa cidade??

Não sou falsa moralista de dizer que não entro nessa onda. Adoro o acesso à novidade, tecnologia e coisas de qualidade. 
Acredito que o importante é você achar sua essência e ter senso crítico. Saber o que te agrada e o que cabe no seu bolso, independente do senso comum.
Se uma blusa faz o seu estilo, veste bem, compre-a independente da loja, da marca ou valor, desde que você possa pagar.
Não ser escravo da multidão e não anular seus gostos e seu estilo em função da ditadura da aceitação (sou igual a todos, então sou aceito) é essencial.
Meu desejo maior é que as pessoas não endoideçam nos novos shoppings e lembrem-se que o 13* salário é só em dezembro e acaba rápido e que as lojas não vão sair de lá.... Tarefa difícil!



domingo, 17 de novembro de 2013

Coleta Seletiva sem blá, blá, blá!


SÓ PRA INTRODUZIR....Muito tem sem falado em coleta seletiva, principalmente depois que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi sancionada.
Essa Lei Federal, obrigada dentre outros itens, a  coleta seletiva, logística reversa e extinção de lixões.
A coleta seletiva ainda não é enxergada por muitos com a seriedade do que merece.
A espécie humana é a única no Planeta que gera resíduos de uma forma que o ciclo do ecossistema em que vive não consegue absorvê-los.
Isso vem gerando ao longo do tempo, uma situação insustentável e praticamente irreversível pois os impactos gerados são grandes e nítidos.
A coleta seletiva é um instrumento de gestão de resíduos. Nela, os resíduos são segregados e enviados para destinos específicos onde possam ser reciclados como matéria e energia e aqueles que não podem, dispostos de forma adequada.
Em larga escala, como no caso dos municípios, isso não é tão simples de acontecer. A maioria deles vem trabalhando em parcerias com cooperativas de reciclagem, o que é menos oneroso e há o benefício social, como geração de renda e inclusão social.

SENDO MAIS CLARA...
Hoje em Sorocaba, por exemplo, boa parte do município é atendido por cooperativas. O mapa de Sorocaba foi dividido em regiões em cada uma dela é atendida por uma cooperativa.
Infelizmente a coleta seletiva não chegou na mesma velocidade que a consciência dos munícipes. Mesmo sendo atendidos em seus municípios, muitos deles não entendem a importância dessa ação, ignorando-a e entendendo mais como um blá blá blá de ambientalista.
Muitos deles fazem mas, por falta conhecimento ou boa vontade, fazem de maneira adequada. Descartam resíduos incorretamente, sujos, contaminados e inadequados, o que causa inúmeros problemas na hora da segregação na lá na cooperativa.
Há uma cooperativa de Sorocaba que sustenta mais de 30 famílias com a renda vinda do lixo da população. Pouca gente entende que o que é lixo para você é renda para outra pessoa. A simples ação de qual lixeira descartar faz toda a diferença.....
Muitos defendem as causas ambientais, discursam lindamente, mas qualquer ação que o tira de sua zona de conforto burguesa, como lavar o seu pote de iogurte light com ingredientes funcionais de sua dieta `verão sarado 2014` antes de descartar, é motivo da afirmação "Ai, isso aí dá muito trabalho, não dá".
Em alguns países europeus, coleta seletiva é um hábito tão trivial como para nós lavar a louça quando está suja. Falta para nós responsabilidade. Responsabilidade do poder público, das empresas (principalmente em relação as embalagens com maior índice de reciclagem) e da sociedade civil. Coleta Seletiva não pode ser mais uma ação bonita de quem faz porque quer fazer, quando quer fazer.
É responsabilidade de cidadão assim como parar no sinal vermelho. 

É tão difícil entender que quando se coloca algo na lixeira aquilo não acaba, não evapora, não desaparece? Como já dizia Lavoisier: "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Programa Brasileiro GHG Protocol

Você sabe o que é efeito estufa?


O efeito estufa é um fenômeno natural que mantém a Terra aquecida ao impedir que os raios solares sejam refletidos para o espaço e que o planeta perca seu calor.
Mas o  que vem ocorrendo é o AUMENTO do efeito estufa causado pelas intensas atividades humanas, sendo a principal delas a liberação de CO2.
(dióxido de carbono) na atmosfera, elevando em excesso a temperatura do planeta.

Semana passada participei da oficina de capacitação do Programa Brasileiro GHG Protocol.

Para quem não conhece, trata-se de um Programa desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para calcular emissões de gases de efeito estufa de qualquer organização.

A iniciativa partiu de algumas empresas que se juntaram e decidiram adaptar 

a metodologia mundial (GHG Protocol) ao contexto brasileiro. Dentre elas: Natura, Itaú, Petrobrás, Votorantim, Ambev, etc.

Segundo essa metodologia, as emissões são classificadas em 3 categorias:
  • Escopo 1: emissões diretas (queima de combustível, emissões fugitivas, etc);
  • Escopo 2: compra de energia elétrica ou térmica;
  • Escopo 3: emissões indiretas (aquelas não diretamente controladas pela empresa. Ex: frota terceirizada).
Contabilizar é o primeiro passo para gerenciar as emissões de uma empresa.
Depois de contabilizar, pode-se estabelecer metas de redução e por último fazer a compensação.

Esse assunto está cada vez mais em pauta tanto em regulações federais e estaduais, além de exigência de mercado.
Muitas grandes empresas já estão solicitando de seus fornecedores seus inventários de efeito estufa como exigência para o fornecimento.

Aos poucos vou publicar mais informações sobre o tema....





domingo, 3 de novembro de 2013

Início


Olá Pessoal....
Não sei se vocês sabem, mas sempre gostei de escrever. Certa época, cheguei até pensar em ser jornalista, mas a vida me levou para a engenharia ambiental e por aqui fiquei.
Vou publicar sobre sustentabilidade, novidades, meu dia a dia como profissional da área e outras coisas interessantes que eu achar legal compartilhar !!!